AMOLECENDO UM CORAÇÃO DURO

17/06/2010 11:59

“O QUE ENDURECE O SEU CORAÇÃO VIRÁ A CAIR NO MAL”(Prov. 28:14)

O coração endurecido arruína, não somente sua vida, mas a vida de seus familiares. Há muitos acontecimentos em nossas vidas que ocorrem porque foram originados de um coração duro. Há conseqüências dolorosas em nossas vidas porque tomamos atitudes inspiradas num coração duro. Há sentimentos que permanecem ruindo nossas emoções porque são sentimentos alimentados por um coração duro.

Coração duro é aquele que não quer mudar, não quer se curvar à vontade de Deus e insiste em permanecer envolvido com a carnalidade humana. Um coração duro não permite a ação de Deus, mas da carne, que gera ódio, rancor, ciúmes e coisas semelhantes.

Por outro lado, o salmista Davi, no (Salmo 51), diz que Deus não rejeita um espírito quebrantado e um coração contrito. Portanto, podemos concluir que Deus rejeita toda ação de natureza carnal, porque Ele não pode agir num coração que não se submete a Ele.


A natureza de Deus é amor. Ele é essencialmente amor e nEle não cabem sentimentos incompatíveis com a Sua essência. Sendo assim, um coração doente pela carne impede a ação de Deus. Mas graças a Deus que podemos contar com Ele para nos ajudar nessas horas em que o coração insiste em permanecer duro e fechado à ação do Espírito Santo.

Vamos, então, aprender com Jesus, que nos ensina ser manso e humilde de coração (Mateus 11.29). Ora, Jesus conhecia a natureza humana e sabia justamente o que agredia essa natureza, fazendo-a adoecer, e incompatibilizar o homem com o seu Criador. Após dizer essas palavras, Jesus conclui, “e achareis descanso para a vossa alma”.

É o que Deus quer para todos nós: descanso. Mas um coração duro pesa em nossas vidas e a torna amarga e sofrida.  

Há muitas pessoas aprisionadas a sentimentos que as fazem sofrer justamente porque não põem o coração nas mãos de Jesus, clamando a Ele que mude a sua forma de pensar, agir, e lidar com determinadas questões da vida. Há pessoas que são capazes de preservar um ressentimento por alguém durante anos. Isso é falta de perdão, de vontade de liberar o ofensor da sua ofensa, sendo que o grande prejudicado é quem não libera perdão.
 
Há pessoas que se entregam a sentimentos gerados por uma frustração, uma mágoa, uma derrota que seja, e ficam cultivando aquele fato em suas lembranças e tornam-se incapazes de viver qualquer outro sentimento. Há pessoas que já estão tão acostumadas a viver assim que facilmente são atingidas, seja por uma palavra equivocada de alguém, ou um juízo precipitado de situações que às vezes nem se tornam um fato, mas que o coração duro já se encarregou de provocar perturbação a partir do que nem existe.

A rotina desses sentimentos e dessa forma de reagir com as emoções vão minando a vida, levando a uma infelicidade que nem sempre tem um motivo real, a não ser no coração duro de quem não deixa Deus agir e esclarecer que não é nada disso, que a coisa é diferente, que Ele está presente, que nos defende, que nos enxuga as lágrimas, que supre todas as nossas necessidades e sempre está conosco.

Há tanta coisa boa que Deus tem feito e quer fazer em nossas vidas, mas, enquanto não liberamos o nosso coração de determinados sentimentos, vamos continuar presos a eles. Esses sentimentos vão reger nossas vidas, e podem até apagar-nos a visão de que há um Deus maior que qualquer frustração, decepção, angústia, o que for.

Jesus foi afrontado, humilhado, maltratado, ferido, traído, abandonado. Ele levou sobre si a culpa de todos os homens diante de Deus para dizer, “Pai, perdoa-lhes...”.
Não houve afronta, frustração, angústia, traição, maltrato e abandono que mudasse o coração de Jesus, disposto em agradar ao Pai, intercedendo pelos seus ofensores, clamando pelo perdão deles, confiando que Deus cuidaria dEle mesmo na morte, e que O ressuscitaria dentre os mortos para estar ao Seu lado para sempre.

Uma das passagens mais comoventes do Novo Testamento diz respeito à conversão de Paulo, até então - veja só você - perseguidor de cristãos: "Eu estava viajando, já perto de Damasco, e era mais ou menos meio-dia. De repente, uma forte luz que vinha do céu brilhou em volta de mim". (Atos dos Apóstolos, 22:6).
 
Por conta da vida nova que abraçou, Paulo foi incompreendido. De perseguidor, passou a perseguido, mas Cristo o incentivou a ir adiante:

"Tenha coragem, Paulo! Você falou a meu respeito aqui em Jerusalém e vai falar em Roma". (Atos dos Apóstolos, 23:11)

CONCLUSÃO

Queridos a nossa libertação de sentimentos que nos aprisionam está em olhar para Jesus. Paulo vai dizer, “...tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...” (Filipenses 2.5). É preciso colocar a vida nas mãos dEle, dizer que deseja que Ele interfira nos seus sentimentos, que Ele mude o seu coração, de um coração duro para um coração quebrantado, cheio de amor e de esperança que Deus age num coração que se submete ao que Ele quer fazer.

Deus quer libertar, curar vidas, mas somente fará isso com aquelas vidas que depositam seus corações nas mãos dEle, para que Ele transforme sentimentos que geram dor em sentimentos que geram vida e alegria.

Peça sinceramente para Deus controlar sua vida, a partir da origem de todos os sentimentos, o coração. Peça que Ele toque em seu coração e liberte sua vida a partir da renovação da sua mente (alma), para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Romanos 12.2).